Políticas para o Ensino Médio e formação das juventudes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29404/rtps-v8i13.681

Palavras-chave:

Legislação Educacional, Ensino Médio, Currículo, Itinerário Formativo, Juventudes

Resumo

Neste artigo, investigamos documentos de políticas educacionais de flexibilização curricular que trabalham com percursos formativos para a formação das juventudes, considerando processos formativos atomistas e/ou integradores, analisando o discurso de itinerários formativos direcionados a trabalhadores e seus filhos. Realizou-se uma leitura crítica dos documentos desde a década de 1990 a 2018. Trata-se de pesquisa qualitativa, do tipo documental. O referencial teórico respalda-se em autores do campo marxista, que analisam a formação no ensino médio e flexibilização curricular no interior das contradições capital e trabalho. O percurso de interpretação dos dados ocorreu por meio da Análise do Discurso. Concluímos que o discurso de itinerário formativos servem a projetos de educação e de sociedade que reduzem ou ampliam a possibilidade de transformação social para a classe trabalhadora. A atual reforma do ensino médio traz um projeto de formação das juventudes que visa à criação de um novo tipo de juventude, requerido pela reestruturação produtiva do capital, portanto, flexível, adaptável, empreendedora, que conhece minimamente um pouco de tudo que é necessário para o desenvolvimento do capitalismo, por isso alienada de sua classe social, do outro e de si como parte da natureza e de direitos conquistados. Constitui-se como mediação para inserir a última etapa da formação básica na liquidez das relações sociais.

Biografia do Autor

Patrícia Sobrinho Reis, Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC/PA), Brasil

Mestra em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA). É professora da Secretaria de Estado de Educação do Pará (SEDUC/PA), onde atua como docente de Língua Portuguesa e Artes no Ensino Médio, na modalidade regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Estadual Profª Florentina Damasceno, em Santa Luzia (PA). É membro do Grupo de Pesquisa sobre Trabalho e Educação (GEPTE/UFPA).

Doriedson do Socorro Rodrigues, Universidade Federal do Pará (UFPA), Brasil

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente é Professor Associado I da UFPA. Coordenador do GT 09 - Trabalho e Educação da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd). É membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Educação (GEPTE) do Instituto de Ciências da Educação da UFPA e do Grupo de Pesquisa História, Educação e Linguagem na Região Amazônica (GPHELRA) do Campus Universitário do Tocantins/Cametá da UFPA. Integra o quadro docente do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC, Campus Cometá/UFPA) e do Programa de Pós-Graduação em Currículo e Gestão da Escola Básica (PPEB/ICED/UFPA). Organizador de coletâneas, como "Filosofia da Práxis e Didática da Educação Profissional", "A Pesquisa em Trabalho, Educação e Políticas Educacionais", dentre outras. Organizador da Revista Trabalho Necessário, v. 16, n. 31 (2018): Trabalho e Educação em Comunidades Tradicionais. É Bolsista Produtividade do CNPq.

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Publicado

31-07-2023

Como Citar

Reis, P. S., & Rodrigues, D. do S. (2023). Políticas para o Ensino Médio e formação das juventudes. RTPS - Revista Trabalho, Política E Sociedade, 8(13), e–681. https://doi.org/10.29404/rtps-v8i13.681