La paradoxal existencia del derecho humano al trabajo decente en el capitalismo
DOI:
https://doi.org/10.29404/rtps-v8i13.747Palabras clave:
Paradoja, Derecho humano al trabajo decente, Sistema capitalista, Precariedad, FlexibilizaciónResumen
Este artículo enfrenta el problema de la paradoja del derecho humano al trabajo digno en el sistema capitalista, destacando la precariedad y flexibilidad del trabajo y las dificultades para garantizar ese derecho, especialmente en Brasil. Comienza abordando el impacto de las inseguridades e incertidumbres en el trabajo y la existencia de precariedad y flexibilidad del trabajo, seguido de reflexiones sobre el derecho humano al trabajo decente y cómo, en el capitalismo, los derechos y garantías propuestos por la Constitución brasileña, y por la Organización Internacional del Trabajo son irrespetados. A partir del materialismo histórico dialéctico y de la revisión bibliográfica, se entendió que la precariedad y flexibilidad del trabajo, propias del capitalismo, provocan inseguridades y degradaciones, generando riesgos y vulnerabilidades a la clase trabajadora, así como para la regulación del mercado y garantías al trabajo digno.
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