Resistir e esperançar à luz do legado de Paulo Freire
Em xeque a Resolução CNE/CP 02/2019
Palavras-chave:
Política de Formação de Professores, Práxis, Professor Progressista, Paulo Freire, Formação de FormadoresResumo
Este artigo tem como objetivo analisar a Resolução CNE/CP 02/2019, no contexto da política de formação de professores, delineada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Ministério da Educação (MEC), a qual elucida um conjunto de medidas balizadas no escopo neoliberal gerencialista. A discussão se baseia em estudos e pesquisas do GEODDIP[1], à luz do pensamento de Paulo Freire, principalmente pelos conceitos de práxis e de professor progressista, e por meio de uma análise do documento, ressalta as intenções de responsabilização do professor, de padronização de um currículo em que prevalece a dissociabilidade da teoria e da prática, e de indicação de um modelo aplicacionista de competências. Como conclusão, chama a atenção para a necessidade de problematizar a formação do formador, à guisa de resistência a um modelo neotecnicista de educação.
[1] Grupo de Estudo e Pesquisa Observatório Desenvolvimento Docente e Inovação Pedagógica (GEODDIP), do Departamento de Educação, da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas do Campus Guarulhos da Unifesp