Branca, azul e vermelha: de que formação docente uma matemática é capaz?
DOI:
https://doi.org/10.69906/GEPEM.2176-2988.2024.973Palavras-chave:
relações étnico-raciais, estatística e probabilidade, dessubjetivação, experimentaçãoResumo
Uma matemática escolar que tem, em suas bases, a racionalidade moderna com seus propósitos e princípios: liberdade, igualdade e fraternidade, que, desde a Revolução Francesa, produz e faz produzir um mundo. Que matemática? Que formação docente? Uma problematização se dá a partir de uma experimentação entre formação docente e BNCC. Um docente de matemática da escola básico, ocupado com seu próprio enegrecer e com o enegrecer de sua sala de aula, oferece experimentação que dá a ver discussões étnico-raciais em meio a leitura de dados estatísticos. Que matemática para uma liberdade? Que matemática para igualdade? Que matemática para uma fraternidade? Uma torção na trilogia das cores da Revolução Francesa vai se insinuando: como uma matemática opera produzindo torções nos valores da racionalidade moderna e do Iluminismo, torcendo liberdade, igualdade e fraternidade? Uma formação docente em matemática se encontra com uma experimentação que torce e faz torcer sua igualdade branca, que torce e faz torcer sua liberdade azul, que torce e faz torcer sua fraternidade vermelha: quanto de cores suporta uma igualdade? Quanto de cores é capaz de fazer compor uma tal racionalidade moderna e ocidental e europeia?
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