“Negra não serve, coloquem a Negra no seu lugar”: profissões, gênero e raça
DOI:
https://doi.org/10.4322/gepem.2023.018Palavras-chave:
Invenções, Pertencimento, Mulheres Negras, ProfissõesResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma discussão referente às profissões pré-estabelecidas ou, como temos trabalhado, inventadas, às mulheres negras, devido à cor de sua pele. Indagamos o lugar que o corpo das mulheres negras tem ocupado nos espaços profissionais, em específico no espaço acadêmico como docentes. Pensando nisso, por meio de narrativas produzidas para pesquisa de Mestrado em Educação Matemática, problematizamos e discordamos das normalizações assim como as padronizações que a construção social impõe dia após dia às mulheres negras. Discutimos a invenção dos espaços para essas mulheres que têm tentado subverter e se tornar pertencentes a eles. Apresentamos e “concluímos” que postos de trabalho superexplorados, em específicos os de servidão, são geralmente atribuídos a determinadas formas de vida, determinados corpos. Diante disso, nosso artigo não apresentará uma produção que sanará e responderá suas dúvidas. Queremos pensar e dialogar com as leitoras para, no final - ou no início - nos questionarmos: Que profissões são ditas para mulheres negras? Por que são ditas? Quem define quem diz? Quem dá o direito de definir? Quem ocupa os espaços das Universidades, ou seja, quem tem ocupado os espaços de poder?
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