Diálogos acerca de direitos em um país desigual: a Educação Matemática Crítica em sala de aula

Autores

DOI:

https://doi.org/10.69906/GEPEM.2176-2988.2025.820

Palavras-chave:

Educação Matemática Crítica, Desigualdade, Tecnologia, Estatística

Resumo

São perceptíveis os desafios enfrentados pelos professores no ensino de Matemática, no que diz respeito ao interesse dos estudantes pela disciplina e ao entendimento dos conceitos matemáticos por parte dos alunos. A justificativa desse trabalho se dá através da necessidade de se pensar em novas possibilidades para o ensino de matemática, a fim de que haja o desenvolvimento de um pensamento crítico e democrático por parte dos alunos. A questão colocada é: a contextualização dos conceitos matemáticos paralelo ao uso de recursos tecnológicos contribuirá para a aprendizagem significativa dos alunos, alcançando assim um melhor entendimento acerca dos conteúdos lecionados? O objetivo geral deste artigo é a construção de conhecimentos de conteúdos de Estatística e porcentagem por um viés da Educação Matemática Crítica (EMC). Dialogar acerca de temáticas como a desigualdade de gênero na política brasileira e a falta de acesso ao saneamento básico nas aulas de Matemática é de suma importância para possamos formar cidadão críticos e reflexivos, podendo assim transformar a sociedade em que vivem. Espera-se que, com as atividades aqui propostas, o ensino de matemática seja mais significativo para os alunos.

Biografia do Autor

Mariana Soriano, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutoranda em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares – PPGEduc – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Mestra em Educação em Ciências e Matemática – PPGEduCIMAT – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Graduada em Licenciatura em Matemática – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Professora de Matemática na Rede Privada de ensino.

Márcio Vianna, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutor pelo PPGCTIA – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Mestre Educação Matemática – Universidade Santa Úrsula (USU). Graduado em Licenciatura em Matemática – Universidade Castelo Branco (UCB). Professor UFRRJ/IE -Depto. de Teor. e Planej. de Ensino-Professor Adjunto III, Seropédica, RJ, Brasil.

Referências

ARAÚJO, J. D. L. Uma Abordagem Sócio-Crítica da Modelagem Matemática: a perspectiva da educação matemática crítica. ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia: subtítulo da revista, Local, v. 2, n. 2, p.55-68, dez./2005. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37948. Acesso em: 17 ago. 2023.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidente da República, [2016]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 20 ago. 2023.

BRASIL. Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932. Brasil, 1932. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-21076-24-fevereiro-1932-507583-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 20 ago. 2023.

BRASIL. Lei nº 9.100, de 29 de setembro de 1995. Estabelece normas para a realização das eleições municipais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9100.htm#:~:text=Estabelece%20normas%20para%20a%20realiza%C3%A7%C3%A3o,Art. Acesso em: 17 ago. 2023.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Parte III - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MECSEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/conaes-comissao-nacional-de-avaliacao-da-educacao-superior/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/seb/arquivos/

pdf/ciencian.pdf. Acesso em: 25 ago. 2023.

D’AMBRÓSIO, U. Como foi gerado o nome etnomatemática ou alustapasivistykselitys. In. FANTINATO, Maria Cecília. FREITAS, Adriano Vargas. (Orgs.). Etnomatemática: concepções, dinâmicas e desafios. Jundiaí, SP: Paco Editorial, 2018.

FERNANDES, S.H. A. A.; HEALY, L. Educação Matemática, um bem comunitário? Resistindo à normalização e a hegemonia do simbólico. Boletim Gepem, n. 76, p. 202-220, 2020.

GINGLASS, M. R. ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DO 6º ANO NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA: Um olhar pela estatística. 2020. Monografia (especialização) – Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, RJ.

Lei nº. 11.445 de 5 de Janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.

MARQUES, T. C. N. O voto feminino no Brasil / Teresa Cristina de Novaes Marques. – 2. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2019.

MUZINATTI, J. L. A “Verdade” apaziguadora na Educação Matemática: como a argumentação de estudantes de classe média pode revelar sua visão acerca da injustiça social. Rio Claro, 2018 254 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro.

ROCHA, V. M. L. Os impactos da ausência de saneamento básico no direito à saúde da população brasileira: uma análise do direito ao meio ambiente saudável e o direito à saúde. Escola da Magistratura do Rio Grande do Norte (ESMARN). Direito e Liberdade, Natal, v. 24, n. 3, p. 251-282, set./dez. 2022. Disponível em: https://bdjur.stj.jus.br/jspui/handle/2011/171842. Acesso em: 18 ago. 2023.

SANTOS, E. A Cibercultura e a Educação em Tempos de Mobilidade e Redes Sociais: conversando com os cotidianos. In: FONTOURA, Helena; SILVA, Marco (Org.). Práticas Pedagógicas, Linguagem e Mídias: desafios à pós-graduação em educação em suas múltiplas dimensões. Rio de Janeiro: ANPED Nacional, 2011. P. 138-160.

SKOVSMOSE, O. Critical mathematics education: Concerns, notions, and future. In: BICUDO, M. A. V. et al. The Philosophy of Mathematics Education. New York: Springer, 2016. Disponível em: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007%2F978-

-319-40569-8.pdf. Acesso em: 17 ago. 2023.

SKOVSMOSE, O. Educação Matemática Crítica: a questão da democracia. 1. ed.

Campinas, SP: Papirus, 2001.

TRATA BRASIL. Principais estatísticas. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/.

Acesso em: 18 ago. 2023.

VIANNA, M. A. Modelando funções no excel: a busca por padrões em situações cotidianas com licenciandos em matemática. In: Pesquisa, ensino e inovação com tecnologias em educação matemática: de calculadoras a ambientes virtuais.1 ed. Seropédica: EDUR, 2012, v.4, p.65-79.

VIEGAS. E. C. Saneamento básico, mercantilização e privatização da água. Revista dos Tribunais. São Paulo, v. 10, n. 40, p. 24–43, out./dez., 2005.. Disponível em:

https://escolasuperior.mppr.mp.br/arquivos/File/Biblioteca/05-20_3_Encontro_Anual_da_Rede_Ambiental/RTDoc16_5_11_12_55_PM.pdf. Acesso em: 18 ago. 2023.

Downloads

Publicado

25-07-2025

Como Citar

SORIANO, M.; VIANNA, M. Diálogos acerca de direitos em um país desigual: a Educação Matemática Crítica em sala de aula. Boletim GEPEM, [S. l.], n. 86, p. 2–26, 2025. DOI: 10.69906/GEPEM.2176-2988.2025.820. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/820. Acesso em: 3 out. 2025.

Edição

Seção

Artigos