Para quais corpos é permitido falar matemática?
DOI:
https://doi.org/10.69906/GEPEM.2176-2988.2023.816Palavras-chave:
Ensino de Matemática; Corpos Políticos; Mulher Negra; Mulher Travesti; Diversidade.Resumo
Este artigo tem como objetivo investigar a dinâmica que determina quem possui o privilégio de discorrer sobre a matemática. Isso é realizado por meio da análise das experiências de duas jovens mulheres matriculadas em cursos de licenciatura em matemática, com a base na lente das epistemologias feministas. As protagonistas centrais deste estudo são estudantes desses cursos, que também se identificam como feministas, e cujas identidades e corpos desafiam as normas convencionais, com uma delas sendo negra e a outra sendo travesti. A abordagem do corpo é examinada sob a perspectiva das teorias de Butler e do Transfeminismo, as quais contribuem para a construção de corpos políticos. Este trabalho adota uma abordagem metodológica qualitativa feminista e utiliza entrevistas narrativas como a principal fonte de dados. A análise desses dados ressalta tanto as singularidades quanto as convergências presentes nas narrativas das entrevistadas. Os resultados evidenciam a importância da diversidade no contexto do aprendizado matemático, destacando a necessidade de incluir variadas vozes e perspectivas. Isso reforça a vitalidade da inclusão na educação matemática, permitindo que um leque amplo de visões participe.
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