“Por que que tem que ser um garoto que adora brincar com os números?”: ponderações sobre práticas sexistas em questões de Matemática do Enem
DOI:
https://doi.org/10.4322/gepem.2023.020Palavras-chave:
Gênero, Educação Matemática, Sexismo, Formação Inicial de Professoras e Professores, Práticas DiscursivasResumo
Este artigo, recorte de uma pesquisa de mestrado finalizada, insere-se no contexto das investigações no campo da Educação Matemática comprometidas não só com a reflexão sobre a relação entre gênero e Matemática na formação inicial de professoras e professores mas também com o enfrentamento de desigualdades. Assim, o objetivo do artigo é investigar apropriações discursivas de licenciandos no entremeio de discussões que envolvem gênero e Matemática. Para tanto, este estudo fundamenta-se em autoras e autores que elaboram ideias sobre gênero, sexismo e práticas discursivas. Assim, com vistas a atender o objetivo proposto, realizou-se uma investigação de natureza qualitativa na qual o material empírico foi produzido a partir da triangulação de informações decorrentes de um questionário inicial, de registros de dez encontros de um grupo focal e de entrevistas com os seis participantes. A partir da análise desse material, destaca-se que as licenciandas e o licenciando participantes não só reconheceram em algumas questões do Exame Nacional do Ensino Médio práticas sexistas – notadas em uma valorização do saber do homem e em uma invisibilidade do saber da mulher – como também evidenciaram incômodo com tal situação.
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