Professor, dividir não diminui? Relativizando possíveis verdades matemáticas mediante o uso da calculadora
DOI:
https://doi.org/10.69906/GEPEM.2176-2988.2016.80Palavras-chave:
Divisão, Calculadora, Atividades InstigadorasResumo
Relativizar verdades matemáticas pode ser um bom caminho para permitir a construção do conhecimento dos alunos. Trazemos o recorte de uma pesquisa na qual foram implementadas atividades instigadoras em um grupo de alunos do primeiro ano do Ensino Médio Profissionalizante, trabalhando em duplas, com o objetivo de verificar como eles se comportam diante de uma divisão representada por uma fração cujo denominador é um número decimal compreendido entre zero e um, promovendo uma análise sob a luz de Vygotsky e Bakhtin. Nossos instrumentos de coleta de dados foram o diário de campo do investigador, as respostas das atividades, as reflexões individuais dos alunos e gravações em áudio A primeira análise destaca que uma dupla de discentes, para a qual a atividade se mostrou instigadora desde o início, exibiu indícios de apropriação de nova realidade conceitual, desconstruindo a ideia de que dividir sempre diminui, à medida que pistas eram fornecidas. A segunda análise revela que a desestabilização provocada pelo professor sobre uma estudante faz com que a mesma aparente ter transformado sua verdade em dúvida, momento em que a atividade passa a se mostrar instigadora, mas que não parece demonstrar que a aluna tenha passado a um novo nível de conhecimento. Embora a calculadora ainda seja um recurso antigo, pode, mesmo em tempos atuais, ser inovadora em sala de aula.
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