Obstáculos e Resistências à Leitura e Escrita em Aulas de Matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4322/gepem.2022.038

Palavras-chave:

Leitura e Escrita em aulas de matemática, Obstáculos, Resistências, SELEM

Resumo

Este artigo parte de nossas reflexões acerca dos obstáculos e resistências à leitura e escrita nas aulas de matemática na Educação Básica e nos espaços de formação inicial e continuada de professores de matemática. No desenvolvimento do texto, elegemos reflexões que evidenciam a importância do reconhecimento de diferentes estratégias no ensino e aprendizagem da matemática e, especificamente, as que reconhecem as práticas de leitura e escrita. Na sequência, apresentamos os diferentes sentidos das palavras obstáculos e resistências e propomos uma reflexão teórica a respeito do tema, finalizando com a apresentação de uma situação de obstáculo e resistência à leitura e escrita em aula de matemática a partir de um contexto real. Ao refletirmos acerca desses conceitos, constatamos que há diversos fatores que impedem a prática de leitura e escrita nas aulas de matemática, e que esses fatores podem derivar tanto das prescrições estabelecidas nos documentos oficiais, como do formato adotado por alguns cursos de formação inicial e continuada.

Referências

CUNHA, M. H. Dilemas e Dificuldades de Professores de Matemática. Millenium, v. 20, p. 1-18, 2010. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/70643395.pdf. Acesso em: 23 jun. 2022.

D’AMBROSIO, U. Educação Matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 1996.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: Elo entre as tradições e a modernidade. Minas Gerais: Autêntica, 2001.

D’AMBROSIO, U. O programa etnomatemática: uma síntese. Acta Scientiae v. 10, n. 1, p. 07-16, 2008. Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/74/66. Acesso em: 23 jun. 2022.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática, justiça social e sustentabilidade. Estudos Avançados, v. 32, n. 94, p. 189-204, 2018. https://doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0014

FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Zetetike, Campinas, v. 3, n. 1, 1995. https://doi.org/10.20396/zet.v3i4.8646877

FONSECA, M. C. F. (Org.). Letramento no Brasil: Habilidades Matemáticas - reflexões a partir do INAF 2002. São Paulo: Global - Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Informação/ Instituto Paulo Montenegro, 2004.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

FREIRE, P. Extensão ou comunicação? 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

FREIRE, P. À sombra desta mangueira. 12. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2019.

FREIRE, P. Política e educação. 7. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2021.

GRANDO, R. C.; MENDES, J. R. (Orgs). Múltiplos olhares: matemática e produção de conhecimento. v. 3. São Paulo: Musa, 2007.

HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2017.

JOSSO, Marie-Christine. Da formação do sujeito ... ao sujeito da formação (1978). In: FINGER, M.; NÓVOA, A. (Orgs.). O método biográfico e formação. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo: Paulus, 2010.

KILPATRICK, J.; SWAFFORD, J.; FINDELL, B. (Orgs.). Adding it up: Helping children learn mathematics. Washington, DC: National Academy Press/ National Research Council/ Mathematics Learning Study Committee/ Center for Education/ Division of Behavioral and Social Sciences and Education, 2001. Disponível em: https://nap.nationalacademies.org/catalog/9822/adding-it-up-helping-children-learn-mathematics. Acesso em: 23 jun. 2022.

KNIJNIK, G. Educação matemática, exclusão social e política do conhecimento. Bolema - Boletim de Educação Matemática, v. 14, n. 16, p. 12-28, 2001. Disponível em: https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema/article/view/10614/7002. Acesso em: 23 jun. 2022.

LOPES, J. O livro didático, o autor e as tendências em Educação Matemática. In:

NACARATO, A. M.; LOPES, C. E. Escritas e leituras na Educação

Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 35-62.

LORENZATO, S. Educação Infantil e percepção matemática. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2008.

MACHADO, N. J. Matemática e língua materna: análise de uma impregnação mútua.

ed. São Paulo: Cortez, 1998.

PEREIRA, E. M. A. Professor como pesquisador: o enfoque da pesquisa-ação a prática docente. In: FIORENTINI, D.; GERALDI, C. M. G.; PEREIRA, E. M. A. (Orgs.). Cartografias do trabalho docente. 2. reimpr. Campinas: Mercado de Letras, 2001. p. 153-181.

PIRES, E. M.; SILVEIRA, E. Obstáculos e resistências no uso de tendências metodológicas na educação matemática. Bolema – Boletim de Educação Matemática, v. 36, n. 72, p. 471-494, 04 mai. 2022. https://doi.org/10.1590/1980-4415v36n72a21

SANTOS, S. A. Exploração da linguagem escrita nas aulas de matemática. In: NACARATO, Adair M.; LOPES, Celi A. E. (Org.). Escritas e leituras na Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 127-41.

SKOVSMOSE, O. Educação crítica: Incerteza, matemática, responsabilidade. São Paulo: Cortez, 2007.

SKOVSMOSE, O. Inclusions, meetings and landscapes. In: KOLLOSCHE, D. et al. (Orgs.). Inclusive mathematics education: State of the art research from Brazil and Germany Cham. Switzerland: Springer, 2019. p. 71-84.

TALARICO, L. R. Tessituras de um olhar sobre a própria prática pedagógica do professor de Matemática em sala de aula. 2020. 174 f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis: UFSC, 2020.

Downloads

Publicado

26-07-2022

Como Citar

MORAES PIRES, E.; DIAS BRASIL, C. S. .; TALARICO, L. R. Obstáculos e Resistências à Leitura e Escrita em Aulas de Matemática. Boletim GEPEM, [S. l.], n. 81, p. 202–220, 2022. DOI: 10.4322/gepem.2022.038. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/485. Acesso em: 5 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos