Cognição corporificada e linguagem na sala de aula de matemática analisando metáforas na dinâmica do processo de ensino de gráficos de funções

Autores

  • Janete Bolite Frant PUC-SP
  • Jorge Acevedo Universidade de Barcelona
  • Vicenç Font Universidade de Barcelona

DOI:

https://doi.org/10.69906/GEPEM.2176-2988.2005.388

Palavras-chave:

Metáfora conceitual, gráfico de função real, aula de matemática

Resumo

O objetivo deste artigo é oferecer uma reflexão teórica sobre um fenômeno que é observado na dinâmica dos processos de ensino e de aprendizagem sobre gráficos de funções na aula de cálculo. A teoria da Cognição Corporificada (Embodiment Cognition) nos parece frutífera para tal: O professor de matemática no intuito de facilitar ou simplificar o conteúdo sobre gráfico de funções, para os estudantes, utiliza em seu discurso, às vezes sem se dar conta, expressões que sugerem, entre outras, (1) metáforas orientacionais, p.e., “o eixo das abscissas é horizontal”, (2) movimento fictivo, “o gráfico da função é o rastro de um ponto que se move sobre o gráfico”, (3) metáforas ontológicas e (4) montagens conceituais. O impacto de tais metáforas, entretanto, pode não facilitar o aprendizado dos estudantes. Apresentamos para ilustração uma análise do ocorrido em um curso de bachillerato na Espanha.

Referências

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Publicado

01-01-2005

Como Citar

BOLITE FRANT, J. .; ACEVEDO, J. .; FONT, V. . Cognição corporificada e linguagem na sala de aula de matemática analisando metáforas na dinâmica do processo de ensino de gráficos de funções. Boletim GEPEM, [S. l.], n. 46, 2005. DOI: 10.69906/GEPEM.2176-2988.2005.388. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/388. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos