Cálculo mental: é possível uma prática pedagógica que favoreça seu desenvolvimento?

Autores

  • Sheila Denize Guimarães Professora da UFMS

DOI:

https://doi.org/10.69906/GEPEM.2176-2988.2013.233

Palavras-chave:

Cálculo Mental, Sistema de Numeração Decimal, Operações Aditivas e Multiplicativas, Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Engenharia Didática

Resumo

Este trabalho tem por objetivo revelar as principais estratégias de cálculo mental mobilizadas por alu- nos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental, em situações didáticas vivenciadas de forma dialógica. O desenvolvimento experimental se pautou na Engenharia Didática e foi realizado com alunos do Ensino Fundamental de  uma escola particular de ensino de Campo Grande/MS que cursaram o 4º ano no segundo semestre de 2007 e o 5º ano em 2008. Os resultados indicam que as principais estratégias mobilizadas pelos alunos se concentram em cinco grupos (reproduzir mentalmente o algoritmo, realizar a sobrecontagem com o auxílio dos dedos, usar regras automatizadas, usar propriedades dos números e das operações e realizar cálculos baseando-se na percepção de algumas regularidades dos números anunciados). Avaliamos que a dinâmica instaurada em nossa pesquisa poderia ser incorporada à prática dos professores, pois favoreceu o conhecimento das concepções numéricas dos alunos e contribuiu para o desenvolvimento de um ensino mais efetivo.

Referências

ALMOULOUD, S. (2007). A. Fundamentos da Didática da Matemática. 1. ed. Curitiba: Editora UFPR.

ANSELMO, B.; PLANCHETTE, P.(2006). Le calcul mental au collège: nostalgie ou innovation? Repères IREM. Num. 62. p. 5-20, Metz: Topiques Editions.

ARTIGUE, M.(1988). Ingénierie Didactique. Recherches en Didactique des Mathé- maques, Vol. 9, no 3, pp. 281-308, Grenoble : La pensée sauvage.

BITTAR, M.; FREITAS, J.L.M.de (2005). Fundamentos e metodologia de Mate- mática para os ciclos iniciais do ensino fundamental. 2ª ed., Campo Grande, MS: Ed. UFMS.

BOULAY, S.; LE BIHAN, M.; VIOLAS, S. (2004). Le calcul mental. Mathéma- tiques. Disponível em: <http://jclebreton.ouvaton.org/IMG/doc/Le_calcul_mental. doc>. Acesso em 26 de out. /2006.

BRASIL. (1997). Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria de Educação Básica. Guia do livro didático 2007: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 2006.

. Ministério da Educação e do Desporto/Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais. V. 3: Matemática. Brasília: MEC/SEF.

BUTLEN D. e PEZARD M. (1992). Calcul mental et resolution de problemes multiplicatifs, une experimentation du CP au CM2. Recherches en Didactique des Mathématiques, Grenoble: Pensée Sauvage, Vol. 12, nº. 23, p. 319-368.

BUTLEN, D.; PEZARD, M. et al. (2000). Calcul mental et résolution de problè- mes numériques au début du collège, Repères-IREM, n° 41, 5-24, Metz: Topiques Editions.

CARNOY, M., GOVE, A. K., MARSHALL, J.H. (2003). As razões das diferenças de desempenho acadêmico na América Latina: dados qualitativos do Brasil, Chile e Cuba. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 84, p.7-33.

CARRAHER, T. N.; CARRAHER, D.; SCHLIEMANN, A. (1995). Na vida dez na escola zero. São Paulo: Cortez.

DOUADY, R. (1994). Evolução da relação com o saber em matemática na escola pri- mária: uma crônica sobre cálculo mental. Em Aberto, Brasília, ano 14, n. 62, abr./jun.

GÓMEZ, B. (1995). Tipología de los errores de cálculo mental en el contexto edu- cativo. Enseñanza de las ciencias, 13. 3. p. 313-325.

Downloads

Publicado

01-01-2013

Como Citar

DENIZE GUIMARÃES, S. . Cálculo mental: é possível uma prática pedagógica que favoreça seu desenvolvimento?. Boletim GEPEM, [S. l.], n. 63, p. 137–149, 2013. DOI: 10.69906/GEPEM.2176-2988.2013.233. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/233. Acesso em: 23 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos