Aportes teóricos da Didática da Matemática para pesquisas em Educação Matemática Inclusiva

Autores

  • Clélia Maria Ignatius Nogueira Universidade Estadual do Oeste do Paraná
  • Luiz Márcio Santos Farias Universidade Federal da Bahia
  • Nadjanara Ana Basso Morás Universidade Estadual do Oeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.4322/gepem.2020.014

Palavras-chave:

Educação Matemática Inclusiva, Didática da Matemática, Teoria dos Campos Conceituais, Teoria Antropológica do Didático, Teoria da Ação Conjunta em Didática

Resumo

As investigações no âmbito da Educação Matemática Inclusiva, que se referem à clientela da Educação Especial em sua maioria buscam seus aportes teóricos em áreas, como Psicologia, Sociologia, Neurociência, e seus resultados acabam direcionados quase que exclusivamente aos educandos com necessidades especiais e não a todos os estudantes, conforme pressupõe a Educação Inclusiva. Partindo do pressuposto que são as atividades propostas que promovem a inclusão, este texto discute os aportes teóricos da Didática da Matemática francesa para pesquisas que busquem comprovar o potencial inclusivo para todos os estudantes, de atividades pensadas considerando as peculiaridades dos educandos com necessidades especiais. São apresentadas as origens da Didática da Matemática na França e sinopse das teorias; dos Campos Conceituais de Gérard Vergnaud, a Antropológica do Didático de Yves Chevallard e a Teoria da Ação Conjunta em Didática desenvolvida por Gérard Sensevy, acompanhadas de exemplos de suas utilização em pesquisas em EMI.

Referências

ALMOULOUD, S. Ag. Diálogos da Didática da Matemática com outras Tendências da Educação Matemática. Caminhos da Educação Matemática em Revista/Online, v. 9, n. 1, 2019, p. 145-178.

ASSUDE,T., PEREZ, J. M; SUAU, G. ; TAMBONE, J. VÉRILLON, A. Accessibilité didactique et dynamique topogénétique: une étude de cas. Recherches en Didactique des Mathematiques, La Pensee Sauvage, 2014, 34 (1), pp.33-57. hal-01798756

BOSH, M.; CHEVALLARD, Y. La sensibilité de l’activité mathématique aux ostensifs. Objet d’estude et problematique. Recherches em Didactique des Mathématiques. Grenoble: La Pensé Sauvage-Éditions, v.19, n° 1, 1999.

BRASIL, Ministério da Educação – Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC, 2008.

CHEVALLARD, Y. Steps Towards a New Epistemology in Mathematics Education. IUFM d’Aix-Marseille, France, 2006.

CHEVALLARD, Y. (1992). Concepts fondamentaux de la didactique: perspectives apportées par une approche anthropologique. Recherches en Didactique des Mathématiques, 12/1, 73-111. Grenoble : La Pensée Sauvage.

DEFRANCE, A. SENSEVY Gérard. Le sens du savoir. Éléments pour une théorie de l’action conjointe en didactique. Revue française de pédagogie, 181 | 2012, 137-141.

FERNANDES TEIXEIRA, B. Surdos e ouvintes juntos no espaço escolar: o processo de construção do número. Dissertação de Mestrado. UFBA. Salvador-Bahia, 2019. 136 f.

LORENCINI, P.B.M. Possibilidades inclusivas de uma sequência didática envolvendo representações gráficas da função afim. 2019. Dissertação. Mestrado em Educação em Ciências e Educação Matemática. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. PPGECEM/UNIOESTE, 2019.

MAGINA, S.; CAMPOS, T.; NUNES, T.; GITIRANA, V. Repensando Adição e Subtração: Contribuições da Teoria dos Campos Conceituais. São Paulo: PROEM, 2008.

MARGOLINAS, C. (1992). Eléments pour l’analyse du rôle du maître: les phases de conclusion. Recherches en Didactique des Mathématiques, 12/1, 113-158. Grenoble: La Pensée Sauvage.

MARGOLINAS, C. (2005). Essai de généalogie en didactique des mathématiques. Revue Suisse des sciences de l’Education, 27, 2005,343–360.

NOGUEIRA, C.M.I. Classificaçao, seriação e contagem no ensino do número: um estudo de Epistemologia Genética. Marília: Oficina Universitária, UNESP, 2007.

NOGUEIRA, C.M.I.; CARNEIRO, M.I.N.; SOARES, B.I.N. Libras. Maringá: UniCESUMAR, 2018.

PAIS, L.C. Didática da Matemática: uma análise da influência francesa. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. Coleção Tendências em Educação Matemática.

RODRIGUES, D. Dez ideias (mal) feitas sobre educação inclusiva. In: RODRIGUES, D. (Org.) Inclusão e Educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.

SENSEVY, G. (2007). Des catégories pour décrire et comprendre l’action didactique. In G. Sensevy & A. Mercier (Dir.) Agir ensemble. L’action didactique conjointe du professeur et des élèves. (pp. 13-43). Coll. Paideia, Rennes: Presses universitaires de Rennes.

SKLIAR, C. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.

SOARES, B.; NOGUEIRA, C.M.I.; BORGES, F. A. Diferentes formas de apresentação de enunciados de problemas matemáticos: subsídios para inclusão de estudantes surdos. Anais: VII SIPEM – Seminário Internacional de Pesquisa em educação Matemática, 2018.

VERGNAUD, G. Teoria dos Campos Conceituais. In: Seminário Internacional de Educação Matemática do Rio de Janeiro, 1, 1993. Anais... Rio de Janeiro, v.1, p.1-16.

VERGNAUD, G. A Teoria dos Campos conceituais. In. BRUN, J. Didáctica das matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget, 1996, p. 155-191.

VERGNAUD, G. A criança, a matemática e a realidade. Curitiba, EdUFPr, 2013.

UNESCO. Déclaration de Lima, 2014.

Downloads

Publicado

01-01-2020

Como Citar

IGNATIUS NOGUEIRA, C. M.; SANTOS FARIAS, L. M. .; BASSO MORÁS, N. A. . Aportes teóricos da Didática da Matemática para pesquisas em Educação Matemática Inclusiva . Boletim GEPEM, [S. l.], n. 76, p. 184–201, 2020. DOI: 10.4322/gepem.2020.014. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/205. Acesso em: 18 out. 2024.

Edição

Seção

Artigos