Vídeo-pesquisa e formação na cibercultura: atos de currículo e de pesquisa em educação

Autores

  • Joelma Fabiane Ferreira Almeida Colégio Pedro II
  • Vivian Martins Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro
  • Edmea Oliveira Santos Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.69906/GEPEM.2176-2988.2019.190

Palavras-chave:

Pesquisa-formação na cibercultura, Vídeo-pesquisa, Ato de currículo, Dispositivo de pesquisa

Resumo

Os vídeos ganharam uma grande projeção na cibercultura, em especial com as possibilidades de gravação, edição e compartilhamento incluídos nos dispositivos móveis. A educação e a pesquisa não poderiam caminhar em sentido contrário aos usos culturais e hoje encontram-se inseridas nas oportunidades que a  produção audiovisual  apresenta.  Desta  forma,  o  presente artigo  aborda a utilização do vídeo-pesquisa como ato de currículo e dispositivo de pesquisa em educação. O objetivo aqui é compreender como o vídeo-pesquisa pode se constituir como ato de currículo e dispositivo de pesquisa-formação na cibercultura. O estudo que nos ajuda nesta busca ocorre ao longo do doutorado em Educação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e o campo de pesquisa ocorre em 2016, no contexto de greve e ocupação do Colégio Pedro II. O método para o desenvolvimento do estudo é a pesquisa-formação na cibercultura, no qual os processos de pesquisa e formação caminham lado a lado na emergência da cultura contemporânea mediada pelo digital em rede. Como achados do estudo, encontramos a compreensão da noção de vídeo-pesquisa e as reflexões a respeito da sua constituição como ato de currículo e dispositivo de pesquisa-formação na cibercultura. Para além da ideia de instrumento de produção de dados, o vídeo-pesquisa se constitui em um processo de encontro com as criações e narrativas dos praticantes, bem como uma forma de registrar e refletir os caminhos da pesquisa.

Referências

AGUSTONI, Marina. Convergências entre cinema e vídeo: contaminações e dissoluções limites. In: SANTAELLA, Lúcia. Novas formas do audiovisual. 1. ed. São Paulo: Estação das Letras e Cores,2016, p. 108-121.

ALVES, Nilda. Decifrando o pergaminho – cotidianos das escolas nas lógicas das redes cotidianas. In: ALVES, Nilda e BARBOSA, Inês (orgs.). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas: sobre redes de saberes. 3 ed. Petrópolis: DP&A, 2008.

AMARAL, Miriam M. do. Autorias docente e discente: pilares de sustentabilidade na produção textual e imagética em redes educativas presenciais e online. 239f. Tese de Doutorado em Educação. Universidade do Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2014.

ARDOINO, Jacques. Para uma pedagogia socialista. Brasília: Plano Editora, 2003.

CARRANO, Paulo C. R.; BRENNER, Ana Karina. A escuta de jovens em filmes de pesquisa.Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 42, n. 2, p. 439-454, abr./jun. 2017.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

FELINTO, Erick. As imagens inconstantes: lendo ambiências no cinema. In: SANTAELLA, Lucia(org.) Novas formas do audiovisual. 1. ed. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016, p. 64-81.

JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.

LEMOS, Andre. (org.) Cibercidade. A Cidade na cibercultura. Rio de Janeiro: E-Papers, 2004. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.

MACEDO, Roberto S. Atos de currículo e autonomia pedagógica: o socioconstrucionismo curricular em perspectiva. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

. Atos de currículo formação em ato? para compreender, entretecer e problematizar currículo e formação. Ilhéus, BA: Editus, 2011.

. Etnopesquisa crítica, etnoPesquisa-formação. 2. Ed. Brasília: Liber Livro Editora, 2010.179p. (série pesquisa v. 15)

MACHADO, Arlindo. A Arte do Vídeo. 3. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.

. Pré-cinemas e pós-cinemas. Campinas: Papirus, 1997

MARTINS, Vivian. Os cibervídeos na educação online: uma pesquisa-formação na cibercultura. 2017. 178 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

MELO, M. C. H. de; CRUZ, G. de C. Roda de conversa: uma proposta metodológica para a construção de um espaço de diálogo no ensino médio. Revista Imagens da Educação, v. 4, n. 2, p.31-39, 2014.

RAMOS, Natália; SERAFIM, José F. Cinema documentário, pesquisa e método: desafios para estudos interdisciplinares. Contracampo Brazilian Journal of Comunication, 2007. Disponível em: www.contracampo.uff.br/index.php/revista/article/view/358. Acesso em: abr. 2018.

SANTAELLA, Lucia. (org.). Novas formas do audiovisual. 1. ed. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016. 284 p.

SANTOS, Edméa. Pesquisa-formação na cibercultura. 1. ed. Santo Tirso: Whitebooks, 2014. V.1. 202p.

Downloads

Publicado

01-06-2019

Como Citar

FERREIRA ALMEIDA , J. F. .; MARTINS, V. .; OLIVEIRA SANTOS, E. . Vídeo-pesquisa e formação na cibercultura: atos de currículo e de pesquisa em educação. Boletim GEPEM, [S. l.], n. 75, p. 140–153, 2019. DOI: 10.69906/GEPEM.2176-2988.2019.190. Disponível em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/190. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos