PARA ALÉM DO ASSISTENCIALISMO E DA ESCOLARIZAÇÃO
as práticas curriculares com a experiência da infância e os desafios impostos à formação continuada
Palavras-chave:
Educação infantil, Currículo, Formação continuadaResumo
O ensaio propõe analisar os desafios que as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI, 2009) e a Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil (BNCC, 2016) têm infringido sobre as práticas educadoras e os processos de formação continuada das professoras que atuam nas redes municipais de educação infantil. Nesta direção, busca-se entender as causas que têm dificultado a promoção das rupturas pratico-conceituais sugeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - e como tais causas se relacionam com o problema da formação; bem como proceder uma análise crítica da Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil no sentido de demonstrar como tal documento se desvincula politicamente das citadas diretrizes, expressando-se enquanto um retrocesso dedicado ao atendimento dos interesses privatistas sobre a educação pública e provocando consequências negativas graves sobre os processos de formação. O ensaio alinha-se à leitura de Gilles Deleuze da obra Ética de Baruch Spinoza e à leitura de Suely Rolnik sobre a obra de Félix Guattari. Esperamos compor entendimentos capazes de viabilizar a promoção de estilos de formação continuada mais democráticos, potentes e efetivos.