SENTIDOS DE SER PROFESSOR NAS POLÍTICAS CURRICULARES DA SME/RJ
Palavras-chave:
Processos de subjetivação docente, discurso, política curricularResumo
Este trabalho tem a pretensão de investigar os processos de subjetivação docente e os sentidos de ser professor do Ensino Fundamental em disputa na proposta curricular Multieducação do município do Rio de Janeiro. A justificativa de tal investigação se dá em função de compreender de que modo os múltiplos sentidos de ser professor estão constituídos na política curricular municipal da Multieducação (com os significantes “Multieducação” e “sala de aula do tamanho do mundo”), suas possibilidades de sentidos e as relações com as demandas do social. A potencialidade do jogo político dos sentidos que intentam produzir diz respeito ao contexto em que a política se apresentou, a forma como foram conduzidas e as tentativas de fixação que objetivaram colocar sobre os significantes aqui escolhidos a disputa de sentidos. É nessa balança de sentidos em relação à questão dos processos de subjetivação docente que os discursos se apresentam e disputam a fixação provisória, parcial e momentânea, possibilitando-nos analisar as articulações que daí advém. Isso nos instiga a pesquisar sobre os sentidos que essa política trouxe e que possibilidades de significação ela impactou sobre os processos de subjetivação docente nos professores dos anos iniciais em relação à política curricular da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME/Rio). Para auxiliar nesse estudo, trazemos como referencial teórico Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, evidenciando a Teoria do Discurso como estratégia para compreender os processos discursivos na política curricular, correlacionando nessa análise as categorias de hegemonia e antagonismo, em destaque.