O afeto e a idade média

Questões sobre os sentimentos interpessoais e a “herança medieval”

Autores

  • Marcelo Berriel UFRRJ

DOI:

https://doi.org/10.29327/2643142.9.13-3

Palavras-chave:

História medieval, Neomedievalismo, História do afeto, Decolonialidade

Resumo

Este artigo aborda questões teóricas e historiográficas relacionadas ao estudo do afeto na Idade Média, problematizando os seus limites, bem como a relação do Brasil contemporâneo com os elementos medievais que supostamente foram herdados por nossa sociedade. Em um primeiro momento, discute-se os limites das pesquisas acerca das emoções na Idade Média esclarecendo sobre a importância em distinguir os ideais de amor e afeto daquilo que efetivamente podemos saber sobre as sociedades medievais. Em seguida, são abordadas questões referentes à chamada “herança medieval” brasileira a partir de uma perspectiva crítica baseada nos estudos decoloniais. Conclui-se que, a despeito dos avanços da história das emoções, as poucas certezas que temos sobre os afetos em tempos medievais indicam a necessidade de renovar as abordagens dos elementos supostamente medievais em nossa cultura e em nossa maneira de sentir. Por fim, associa-se a necessidade de descolonizarmos nosso conhecimento baseado na narrativa histórica eurocêntrica com uma proposta de descolonização também de nossos sentimentos. 

Biografia do Autor

Marcelo Berriel, UFRRJ

Professor Associado IV de História Antiga e Medieval da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Também é pesquisador do Linhas (Núcleo de Estudos sobre Narrativas e Medievalismos) e do CriHist (Núcleo de Pesquisa Cristianismos e Historicidade)

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Publicado

2025-08-09

Edição

Seção

DOSSIÊ: Etnicidades, (des)razões de amar e saberes do amor