Cotas raciais no paraná

enegrecendo a Universidade Estadual de Maringá

Autores

Palavras-chave:

Ações Afirmativas; Cotas para população negra; Ensino Superior; Paraná; UEM.

Resumo

O artigo objetiva apresentar como a implementação das cotas para população negra ocorreram na Universidade Estadual de Maringá no Estado do Paraná (UEM/PR), para diálogo do estabelecido, as discussões permeiam a luta contínua do movimento negro em diferentes tempos históricos, e como suas ações fizeram emergir concretudes que reestruturaram a sociedade, e em específico a educação. Desde a implementação da Lei 10.639/2003 se evidenciou que a (re)existência da população historicamente discriminada foi fundamental para o rompimento das fragmentações dos racismos que se apresentam nas relações sociais. Os caminhos percorridos à implementação das ações afirmativas elucidaram o quanto as relações de poder se apossam da universidade, impossibilitando a constituição de um ambiente diverso, com pluralidade de ideias e culturais, instaurando desta maneira o epistemicídio. Refletir sobre as mobilizações para implementação das cotas para população negra no estado do Paraná, invoca o reescrever da história, de modo a descortinar a tentativa de apagamento da história e da cultura do povo negro neste espaço. Nestes escritos se apresenta a argumentação de que a adoção das cotas para a população negra no Ensino Superior tensiona a estrutura da universidade, no reivindicar às políticas de permanência, representatividade no corpo docente, reestruturação dos currículos e adoção de cotas na pós-graduação. Conclui-se que o enegrecimento da UEM, por meio das cotas para população negra promoveu mudanças significativas no campo simbólico e material, de modo a expressar-se as (re)existências para uma instituição mais igualitária e representativa.

Biografia do Autor

Prof. Dr. Delton Aparecido Felipe, UEM

Professor do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM); Doutor e Mestre em Educação pela UEM e Graduado em História pela UEM

Profa. Catarina Messias Alves, UEM

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (PPE/UEM), bolsista CAPES. Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá - Habilitação Licenciatura (2022). Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Educação Física e Políticas Educacionais (GEEFE) e o Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (NEIAB/UEM). Desenvolve pesquisas na área das relações étnico raciais dialogando com a educação física, educação, identidade negra e profissional, políticas educacionais, políticas de ações afirmativas e formação inicial de professores.

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Publicado

2023-12-29