O Amor pedagógico
bem-querer, afeto e precarização docente
Palavras-chave:
Amor e docência, Antropologia das emoções, Precarização do trabalho docente, Identidade docenteResumo
Fazer o que gosta, amar o que faz. Senso comum e docentes são afeitos à ideia de que a educação é uma atividade ideológica e apaixonada e de que o magistério é uma ação predominantemente “amorosa”. Que dizem os sentimentos em relação à prática docente em nossa sociedade? Para responder a essa questão, este artigo propõe que: 1) os sentimentos sejam considerados como algo culturalmente construído, a partir da análise das discussões das ciências sociais acerca da naturalidade e universalidade das emoções; 2) que se problematize se o amor, alardeado no imaginário popular como indispensável à atuação docente, não seria uma construção social que, enquanto confere uma suposta dignidade inefável aos educadores, também joga sobre seus ombros um fardo demasiadamente pesado. Considera-se, portanto, que o mito do afeto e do carinho, como imprescindíveis à educação, aprisionariam o fazer docente em determinados esteriótipos bastante desvantajosos para os sujeitos, resultando na precarização de sua atividade.
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