O Amor pedagógico

bem-querer, afeto e precarização docente

Autores

Palavras-chave:

Amor e docência, Antropologia das emoções, Precarização do trabalho docente, Identidade docente

Resumo

Fazer o que gosta, amar o que faz. Senso comum e docentes são afeitos à ideia de que a educação é uma atividade ideológica e apaixonada e de que o magistério é uma ação predominantemente “amorosa”. Que dizem os sentimentos em relação à prática docente em nossa sociedade? Para responder a essa questão, este artigo propõe que: 1) os sentimentos sejam considerados como algo culturalmente construído, a partir da análise das discussões das ciências sociais acerca da naturalidade e universalidade das emoções; 2) que se problematize se o amor, alardeado no imaginário popular como indispensável à atuação docente, não seria uma construção social que, enquanto confere uma suposta dignidade inefável aos educadores, também joga sobre seus ombros um fardo demasiadamente pesado. Considera-se, portanto, que o mito do afeto e do carinho, como imprescindíveis à educação, aprisionariam o fazer docente em determinados esteriótipos bastante desvantajosos para os sujeitos, resultando na precarização de sua atividade.

Biografia do Autor

Claudia Regina Bomfim da Fonseca, CPDOC/FGV

Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em História, Política e Bens Culturais – CPDOC/FGV

Doutora em Ciências Humanas e mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia - UFRJ

Bacharel e licenciada em Hist´´oria pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro 

Renato Simões Moreira, Faculdade de Educação - UFF

Doutorando em Educação (FEUFF)
Mestre em Educação, Comunicação e Cultura em Periferias Urbanas (FEBF/UERJ)
Especialista em Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa (UGF)
Graduado em Letras: Português/Literatura (UCB)

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Publicado

2025-08-09

Edição

Seção

Dossiê:Etnicidades, (des)razões do amor econtracolonização das relações afetivas