OS DOCENTES DO CURSO DE TURISMO DA UFRRJ: BREVES REFLEXÕES A PARTIR DA LEI FEDERAL 12.711/2012
Palavras-chave:
Professores do curso de Turismo, Curso de Turismo, Lei de cotas, Lei Federal 12711/2012, Ação afirmativaResumo
Este artigo visa refletir a partir da do ponto de vista da Lei Federal 12.711/2012 modificada que foi pela Lei Federal 13.409/2016, que neste trabalho é nomeada simplesmente como “Lei de cotas”, sobre a relação existente entre os professores do curso presencial de Bacharelado em Turismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -UFRRJ e a temática. Este curso, que foi criado para atender a uma demanda existente na cidade do Rio de Janeiro, especialmente na Baixada Fluminense, é oferecido pela UFRRJ no Instituto Multidisciplinar do campus Nova Iguaçu desde 2006. A UFRRJ foi uma das pioneiras na aprovação de 50% decotas sociais e étnicas conforme prevê a Lei. A formação e atuação de seus professores em sala de aula, em um cenário cujo corpo discente foi modificado pelo ingresso de um novo perfil de alunos, suscitam reflexões sobre uma nova realidade na universidade. O trabalho ora apresentado é fruto de pesquisas bibliográficas e de campo, sendo que para tal foi utilizada a ferramenta do Google drivepara sua realização junto ao corpo docente do curso. O debate sobre a implantação e implementação de políticas de ação afirmativa na educação superior no Brasil já não é tão recente, pois existe há mais de 20 anos, mas mesmo assim desafia a sociedade e o Estado a enfrentarem o problema das desigualdades raciais e sociais, principalmente aquelas relacionadas a igualdade de oportunidades de acesso às universidades. Por muito tempo, aprendemos a conviver com um sistema educacional altamente desigual e seletivo, organizado sob a égide do liberalismo mediante o pressuposto da igualdade de oportunidades. Este sistema, que tem funcionado com a lógica da exclusão social e uma dinâmica institucional fundamentada na ideologia do racismo passa, desde o final do séculopassado, por um momento de reestruturação. Os deslocamentos causados pela nova configuração do corpo discente devem ser percebidos como oportunidades para uma nova pedagogia, que envolva professores/as e alunos/as na busca por: permanência do aluno com sucesso na universidade, adaptação ao ambiente acadêmico e alocação profissional na área de formação acadêmica. Este sucesso não passa somente pelo estudante, mas também de vários fatores como, família, emprego, estrutura administrativa e pedagógica da universidade, dentre outros. Ao corpo docente cabe além das atividades em sala de aula, reconhecer as potencialidades individuais de cada um, criando meios que facilitem o processo de ensino-aprendizagem.
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