PEDAGOGIAS DE TERREIRO E EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

um olhar sobre saberes insurgentes das religiões de matriz africana

Autores

Resumo

Este artigo objetiva, por meio de uma pesquisa bibliográfica, discutir as possibilidades pedagógicas presentes nos saberes das religiões de matriz africana, particularmente as chamadas pedagogias de terreiro (Macedo; Maia; Santos, 2019), no contexto da Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER). Fundamenta-se em autoras como Nilma Lino Gomes (2002), para tratar as relações étnico-raciais, em autores como Luiz Rufino (2019; 2023), para refletir sobre religiosidade e sua relação com a educação e na  legislação como base legal orientadora. O estudo pretende ainda, analisar fundamentos das pedagogias de terreiro como fontes legítimas de conhecimento, identificar os impactos do racismo religioso no cotidiano escolar e como ele tem dificultado o reconhecimento dessas práticas e, por fim, discutir caminhos possíveis para incorporar esses saberes: oralidade, corporeidade, ancestralidade e espiritualidade. Os resultados apontam que a valorização desses saberes pode contribuir para a construção de uma escola comprometida com a diversidade e com o combate ao epistemicídio. Conclui que a apresentação das pedagogias de terreiro na formação docente é uma estratégia potente para transformar as práticas escolares e promover uma educação enraizada na justiça social.

Biografia do Autor

Beatriz Borges Graça Silva Mury Bonfim, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE) pela
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), na linha de pesquisa Docência e Gestão de
Processos Educativos. Licenciada em Pedagogia. Atuou como professora da rede
particular de Educação Infantil, atendendo turmas desde bebês até crianças de 5 anos de
idade, desenvolvendo atividades pedagógicas. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em
Arte na Educação Infantil (GEPAEI) da UFES desde 2023 e o Polo Arte na Escola da
Faculdade Novo Milênio desde 2022. Seus estudos e formações são voltados para as
áreas de Arte/Educação, Educação Infantil, Decolonialidade e Arte Afro-Brasileira.
Contato: beatrizgraca3@gmail.com Lattes: http://lattes.cnpq.br/0994347912837066
Orcid: https://orcid.org/0009-0003-7450-4316

Margarete Sacht Góes, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) na linha de pesquisa Educação e Linguagens. É professora adjunta na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) na Graduação e no Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Arte na Educação Infantil (GEPAEI) e tutora do Programa de Educação Tutorial PET Conexões de Saberes Educação. Atua como Curadora do educativo da Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu/Ufes). E-mail: margarete.goes@ufes.br Lattes: http://lattes.cnpq.br/5504378088842871 Orcid:
https://orcid.org/0000-0002-7146-6022

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Publicado

2025-10-27

Edição

Seção

Vivências e propostas de reencontros e criações na experiência afrodiaspórica