PEDAGOGIAS DE TERREIRO E EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

um olhar sobre saberes insurgentes das religiões de matriz africana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/2707760.9.14-10

Resumo

Este artigo objetiva, por meio de uma pesquisa bibliográfica, discutir as possibilidades pedagógicas presentes nos saberes das religiões de matriz africana, particularmente as chamadas pedagogias de terreiro (Macedo; Maia; Santos, 2019), no contexto da Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER). Fundamenta-se em autoras como Nilma Lino Gomes (2002), para tratar as relações étnico-raciais, em autores como Luiz Rufino (2019; 2023), para refletir sobre religiosidade e sua relação com a educação e na  legislação como base legal orientadora. O estudo pretende ainda, analisar fundamentos das pedagogias de terreiro como fontes legítimas de conhecimento, identificar os impactos do racismo religioso no cotidiano escolar e como ele tem dificultado o reconhecimento dessas práticas e, por fim, discutir caminhos possíveis para incorporar esses saberes: oralidade, corporeidade, ancestralidade e espiritualidade. Os resultados apontam que a valorização desses saberes pode contribuir para a construção de uma escola comprometida com a diversidade e com o combate ao epistemicídio. Conclui que a apresentação das pedagogias de terreiro na formação docente é uma estratégia potente para transformar as práticas escolares e promover uma educação enraizada na justiça social.

Biografia do Autor

Beatriz Borges Graça Silva Mury Bonfim, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE) pela
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), na linha de pesquisa Docência e Gestão de
Processos Educativos. Licenciada em Pedagogia. Atuou como professora da rede
particular de Educação Infantil, atendendo turmas desde bebês até crianças de 5 anos de
idade, desenvolvendo atividades pedagógicas. Integra o Grupo de Estudos e Pesquisa em
Arte na Educação Infantil (GEPAEI) da UFES desde 2023 e o Polo Arte na Escola da
Faculdade Novo Milênio desde 2022. Seus estudos e formações são voltados para as
áreas de Arte/Educação, Educação Infantil, Decolonialidade e Arte Afro-Brasileira.
Contato: beatrizgraca3@gmail.com Lattes: http://lattes.cnpq.br/0994347912837066
Orcid: https://orcid.org/0009-0003-7450-4316

Margarete Sacht Góes, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) na linha de pesquisa Educação e Linguagens. É professora adjunta na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) na Graduação e no Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Arte na Educação Infantil (GEPAEI) e tutora do Programa de Educação Tutorial PET Conexões de Saberes Educação. Atua como Curadora do educativo da Galeria de Arte Espaço Universitário (Gaeu/Ufes). E-mail: margarete.goes@ufes.br Lattes: http://lattes.cnpq.br/5504378088842871 Orcid:
https://orcid.org/0000-0002-7146-6022

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Publicado

2025-10-27

Edição

Seção

Vivências e propostas de reencontros e criações na experiência afrodiaspórica