O GRIOT DE IYA N’LA

Severo D’Acelino e a revisitação da ancestralidade afro-sergipana

Autores

  • Jéssica Francisca Mota dos Santos UFS
  • Daiana Castro Barbosa UFS

Palavras-chave:

Severo D’Acelino, Ancestralidade, Espiritualidade, Matriarcado, Literatura negro-sergipana

Resumo

Este artigo tem como foco investigar o papel da literatura negro-sergipana como instrumento de resgate da ancestralidade africana, espiritualidade e o papel da mulher negra, a partir da escrita literária de Severo D’acelino em Cânticos de Contar Contos (2019) e Panáfrica África Iya N’la (2002). Este estudo tem como objetivo apresentar a literatura negro-sergipana como método para descolonizar as narrativas únicas que foram impostas e ocupam o centro do cânone literário. Como aporte teórico, destacam-se as contribuições de Cida Bento (2022), Renato Noguera (2018), Sueli Carneiro (2023) entre outros. Neste diálogo, os resultados parciais são problematizar o papel da ancestralidade a partir das lentes das espiritualidades tradicionais africanas e como estas memórias e práticas foram e são ressignificadas na diáspora negra no estado de Sergipe, assim como explorar as conexões entre o matriarcado, a ancestralidade e as religiosidades africanas nos contos (2019): Jacinta Clotilde a guerreira de Ewá, Quintino de Lacerda: o arauto da serra e O castigo de Oiya e nos poemas (2002) - Suplício racial e Sinal de alerta. Conclui-se que a escrita dacelina é o "território de reexistência", onde a literatura opera como ferramenta de resgate e reconexão com os rastros resíduos da diáspora negra.

Biografia do Autor

Jéssica Francisca Mota dos Santos, UFS

Mestranda em Letras pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Lattes: http://lattes.cnpq.br/4201468803068194

Daiana Castro Barbosa, UFS

Mestranda em Letras pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Downloads

Publicado

2025-10-27

Edição

Seção

Vozes que anunciam outras epistemologias e alternativas ontológicas