RACISMO RELIGIOSO NA ESCOLA
análise crítica da censura às religiões afro-brasileiras e caminhos para uma pedagogia antirracista
Palavras-chave:
Racismo religioso, Epistemicídio, Educação antirracista, Pedagogia decolonial, Formação docenteResumo
Este artigo analisa as manifestações do racismo religioso no ambiente escolar, abordando sua relação com o epistemicídio e a colonialidade do saber. O estudo focaliza um caso emblemático de censura curricular, no qual uma professora de Ensino Religioso foi orientada a substituir conteúdos sobre religiões afro-brasileiras por temas genéricos. Com base em referenciais decoloniais e da
pedagogia crítica, o trabalho objetiva demonstrar como essa prática reforça estruturas de opressão e apagamento de saberes ancestrais. Metodologicamente, articula análise crítica do discurso (Kilomba, 2019) para examinar o relato docente registrado em diário de campo. Os resultados evidenciam: 1) a naturalização da violência epistêmica nas escolas; 2) a falácia da "neutralidade"
curricular; e 3) a urgência de pedagogias insurgentes, como as propostas por hooks (2013) e Rufino (2019), que transformem a educação em prática de liberdade. Conclui-se que o combate ao racismo religioso exige promover uma reconstrução epistemológica centrada nos saberes afrodiaspóricos.
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