No paradigma do amor per si
A fuga como resistência, um ato revolucionário de amor
Palavras-chave:
Amor per si, Fuga, ResistênciaResumo
O presente ensaio teórico objetiva analisar a fuga na sua complexidade sistêmica-simbólica, partindo da seguinte questão: A fuga como resistência pode vir a ser um ato de amor? Para debatê-la, baseamo-nos numa abordagem qualitativa, por meio de um resgate histórico, assim, mobilizamos os conceitos de “resistências escravas” e “re-selvaginização”. Tais noções permitem compreender a teia criada pelo processo de fuga; a qual mobiliza elementos materiais e imateriais, concretos e simbólicos, articulados e acionados pelos sujeitos, a depender da ação estratégica inventada, visando como fim último a liberdade. Acionamos também os conceitos de Ôrí, de Beatriz Nascimento, e o amor como um ato revolucionário, a partir de bell hooks. Discutimos, assim, que há um movimento continuum no processo de fuga e, na dimensão do Ôrí, que dinamiza um amor per si, ressignificando as lógicas sociais e culturais impostas e, particularmente para mulheres negras, cria possibilidades de afirmarem-se como sujeitos da diáspora com agência própria, capazes de ressignificarem suas existências.
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