https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/issue/feedBoletim GEPEM2024-07-01T00:00:00+00:00Marcelo Almeida Bairralmbairral@ufrrj.comOpen Journal Systems<p>O Boletim GEPEM é a publicação mais antiga na Educação Matemática brasileira. Seu primeiro número foi publicado em 1976. De acesso aberto, trata-se de um periódico semestral do Gepem, grupo interinstitucional com sede no Instituto de Educação (DTPE) da UFRRJ.</p> <p><strong>Qualis A4</strong> nas áreas de Educação e de Ensino da Capes.</p> <p><strong>ISSN: 2176-2988</strong>.</p>https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/995Formação de professores de Matemática e educação básica: justiça social e equidade no processo de reconstrução da democracia brasileira2024-04-16T13:17:58+00:00Vinicio de Macedo Santosvms@usp.br<div> <p class="local">O lugar e a formação de professores que ensinam Matemática são tomados, neste texto, como questão de sociedade e são discutidos em três âmbitos: - dos contextos práticos onde ocorrem; - dos processos de institucionalização; - dos sinalizadores de pesquisas produzidas em Educação Matemática. Identificam-se atravessamentos, interdições e apagamentos que decorrem do contexto sociopolítico brasileiro marcado por profundas desigualdades e injustiça sociais e por fortes disputas de interesses, projetos e governança na educação. Ainda como elementos que ajudaram na produção deste texto considera-se o professor e seus formadores sujeitos dotados de capacidade crítica e reflexividade que dignificam o profissional e a profissão, permitindo-lhes exercer sua autonomia, escapar da tutela e controle de terceiros. A produção deste trabalho se baseou no exame analítico de oito textos de pesquisadores brasileiros incidindo a atenção mais nos focos e menos nos enfoques teóricos/metodológicos dessa pequena seleção de textos. Tal escolha levou em conta a bem-sucedida prática de cartografar saberes docentes e fundamentos da pesquisa em Educação Matemática em fóruns da área, e em reuniões anteriores da ANPED. Ao focalizar questões e objetivos dos textos vislumbrou-se convergências entre estudos como a emergência de práticas de formação insurgentes forjadas a contrapelo de injunções provocadas por políticas educacionais em curso.</p> </div>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Vinicio de Macedo Santoshttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/1000Matemática Específica da Ação do Sujeito-Professor(a): Entre o Poder e o Saber2024-04-22T15:07:16+00:00Flávia Cristina de Macêdo Santanafcmsantana@uefs.brRoberta D’Angela Menduni-Bortoloti robertamenduni@uesb.edu.brVictor Augusto Giraldovictor.giraldo@ufrj.br<p>Este artigo teve por objetivo inventariar e problematizar a matemática específica da ação do sujeito-professor que atua na Educação Básica em uma relação de movimento em que poderes e saberes estão entrelaçados. Para tanto, mobilizou-se algumas ferramentas conceituais propostas por Foucault. Optou-se pela análise do<em> corpus</em> constituído pelo conjunto de 27 artigos científicos que versam sobre o macrotema <em>conhecimento matemático</em> publicados nos periódicos <em>Boletim de Educação Matemática</em> (Bolema) e <em>Educação Matemática Pesquisa </em>(EMP) entre 2019 e 2023. Desse montante, apenas 12 apresentavam diretamente elementos da matemática específica da ação do sujeito-professor. Ao sermos afetados pelos discursos que circulam nas pesquisas da área, apoiamo-nos em quatro princípios que direcionam a análise do discurso como ferramenta metodológica, a saber: inversão, descontinuidade, especificidade e exterioridade. De maneira geral, as atuações performativas apresentadas neste artigo tomam o poder como uma instância produtiva, fabricante de subjetividades. Há uma relação de movimento entre o sujeito-professor e os saberes. O sujeito-professor produz saberes e é produzido por eles. A trama discursiva faz com que saberes e verdades sejam instituídos, tomando como referência a dimensão normativa do currículo. São essas as forças que se imbricam e interferem na organização curricular da matemática escolar.</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Flávia Cristina de Macêdo Santana, Roberta D’Angela Menduni-Bortoloti , Victor Augusto Giraldohttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/971O que pode a opção decolonial nos cursos de formação de professores?2024-03-21T17:06:27+00:00Carolina Tamayo Osoriotamayo.carol36@gmail.comMichela Tuchapesk da Silvamichelat@usp.brElizabeth Gomes Sousaelizabethgs@ufpa.br<p>Este artigo tem como objetivo apresenta alguns resultados parciais da pesquisa intitulada “<em>A opção decolonial em Educação Matemática: problematizando a formação inicial de professores</em>”, financiada pela chamada de projetos universais CNPq/MCTI/FNDCT nº 18/2021 (202-2025) orientado pela pergunta: O que pode a opção decolonial nos cursos de formação de professores [que ensinam mMatemática]? O objetivo principal que orienta este projeto interinstitucional é tensionar os modos de organização disciplinar do currículo na formação de professores [que ensinam Matemática] a partir da problematização de práticas socioculturais[matemáticas] não hegemônicas. Metodologicamente os movimentos dos pesquisadores são sincrônicos porém feitos por diferentes caminhos, seja por meio da terapia desconstrucionista ou da Cartografia. Como resultados parciais se apresenta uma análise em três eixos a partir de registros e dados produzidos em dois cursos de extensão desenvolvidos no marco deste projeto: (1) A tutela da fala de outrem, (2) A pesquisa <em>sobre</em> o outrem e, (3) Interrogando a disciplinaridade impressa na Matemática.</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Carolina Tamayo Osorio, Michela Tuchapesk da Silva, Elizabeth Gomes Sousahttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/981Justiça social e coletividade na formação de professores que ensinam matemática2024-04-01T23:08:44+00:00Wellington Cedrowcedro@ufg.brAnemari Roesler Luersen Vieira Lopesanemari.lopes@gmail.comManoel Oriosvaldo de Mouramodmoura@usp.br<p>Este artigo tem como objetivo problematizar a formação de professores que ensinam matemática com base na discussão entre os conceitos de justiça social e coletividade. Trata-se de um ensaio teórico no qual apresentamos como um projeto desenvolvido no âmbito das universidades e das escolas de educação básica pode ser constituir como um espaço profícuo para a formação do professor que ensina matemática. Sustentados principalmente nas ideias advindas da teoria histórico-cultural, apresentam-se os principais elementos teóricos que fundamentam a formação do professor no âmbito do projeto Clube de Matemática. Destaca-se neste artigo a possibilidade do desenvolvimento da coletividade como uma das formas da superação das condições opressoras e alienantes que dominam o atual contexto de formação de professores em nosso país.</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Wellington Cedro, Anemari Roesler Luersen Vieira Lopes, Manoel Oriosvaldo de Mourahttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/973Branca, azul e vermelha: de que formação docente uma matemática é capaz?2024-04-15T23:17:52+00:00Margareth Sacramento Rotondosacramento.rotondo@ufjf.brSônia Maria Claretosonia.clareto@ufjf.brGiovani Cammarotagiovani.cammarota@ufjf.br<div> <p class="local">Uma matemática escolar que tem, em suas bases, a racionalidade moderna com seus propósitos e princípios: liberdade, igualdade e fraternidade, que, desde a Revolução Francesa, produz e faz produzir um mundo. Que matemática? Que formação docente? Uma problematização se dá a partir de uma experimentação entre formação docente e BNCC. Um docente de matemática da escola básico, ocupado com seu próprio enegrecer e com o enegrecer de sua sala de aula, oferece experimentação que dá a ver discussões étnico-raciais em meio a leitura de dados estatísticos. Que matemática para uma liberdade? Que matemática para igualdade? Que matemática para uma fraternidade? Uma torção na trilogia das cores da Revolução Francesa vai se insinuando: como uma matemática opera produzindo torções nos valores da racionalidade moderna e do Iluminismo, torcendo liberdade, igualdade e fraternidade? Uma formação docente em matemática se encontra com uma experimentação que torce e faz torcer sua igualdade branca, que torce e faz torcer sua liberdade azul, que torce e faz torcer sua fraternidade vermelha: quanto de cores suporta uma igualdade? Quanto de cores é capaz de fazer compor uma tal racionalidade moderna e ocidental e europeia?</p> </div>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Margareth Sacramento Rotondo, Sônia Maria Clareto, Giovani Cammarotahttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/994Processos formativos indisciplinares e o desenvolvimento do noticing profissional na formação inicial de professores de matemática2024-04-14T21:19:04+00:00Marcia Cristina de Costa Trindade Cyrinomarciacyrino@uel.br<p>O objetivo do presente artigo é analisar ações desenvolvidas em processos formativos indisciplinares que promoveram o <em>noticing</em> profissional de futuros professores (FP) de matemática. Para tanto, este artigo apresenta um texto de natureza reflexiva e interpretativa, assente em um movimento diacrônico de pesquisas e de indícios decorrentes de processos formativos. Nesse movimento, são sublinhadas duas ações desenvolvidas nesses processos formativos que envolveram FP, professores que ensinam matemática na Educação Básica e investigadores, quais sejam: refletir e discutir sobre o trabalho com tarefas matemáticas na prática profissional e explorar casos multimídia. Os elementos que circunstanciam essas ações evidenciam o potencial desses processos formativos para promover a inter-relação entre as capacidades de o futuro professor reconhecer e interpretar o papel do professor em eventos de sala de aula e construir possibilidades de lidar com eles, de modo a tomar decisões com base em seus conhecimentos profissionais. Essas ações podem orientar programas de formação de professores orgânicos, capazes de explorar aspectos da prática profissional, de superar a ineficácia da universalização curricular, e de promover o movimento de constituição da identidade profissional docente.</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Marcia Cristina de Costa Trindade Cyrinohttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/987Estágio e Iniciação à Docência em Licenciatura em Matemática: dos documentos prescritos à realidade imposta2024-04-10T19:32:42+00:00Mayara de Miranda Santosmayara.santos@ifpi.edu.brFlávia Cristina de Macêdo Santanafcmsantana@uefs.brMarta Élid Amorimmartaelid@mat.ufs.br<p>Esta pesquisa teve como objetivo analisar a recontextualização de textos das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) de Licenciatura em Matemática que realizaram as modificações propostas pela Resolução CNE/CP 02/2015, tomando como foco os textos prescritos a respeito do estágio, suas possíveis articulações com os programas de iniciação à docência e as demandas impostas pela realidade das escolas de Educação Básica. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, operacionalizada por meio da análise documental. Para analisar os dados, usou-se o modelo metodológico da linguagem de descrição de Basil Bernstein. Os resultados apontam que houve recontextualização da resolução para os projetos dos cursos, tendo em vista o deslocamento e a realocação de textos nos PPC. Isso significa que os PPC de Licenciatura em Matemática se constituem num potencial espaço de mudança, oportunizando debates que considerem as demandas impostas à Educação Básica, bem como as possíveis articulações colaborativas entre o estágio e os programas de iniciação à docência.</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Mayara de Miranda Santos, Flávia Cristina de Macêdo Santana, Marta Élid Amorimhttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/972Revisitando a disciplina História da Matemática: justiça social aos conhecimentos matemáticos de povos não eurocêntricos 2024-03-22T23:27:55+00:00Maria do Carmo de Sousamdcsousa@ufscar.br<p>Este artigo tem como objetivo apresentar alguns dados de uma pesquisa de cunho teórico e qualitativo que revisita as disciplinas de História da Matemática ministradas nos cursos de licenciaturas de Matemática nas universidades federais brasileiras. Tem-se como pressuposto que a justiça social pode ser alcançada, na medida em que a história dos conhecimentos matemáticos de povos não eurocêntricos for considerada nessas disciplinas e, consequentemente, na Educação Básica. Considera-se ainda a necessidade de se relacionar as historiografias da Matemática com a lei n.º 10.639/03 porque a história dos conceitos matemáticos elaborados pelas civilizações não eurocêntricas, dentre elas, as africanas, não são consideradas enquanto possibilidade de se desenvolver atividades de ensino de Matemática. O foco da pesquisa está nos diferentes modos de ver e conceber os conceitos matemáticos dos autores que as escreveram. Chama-se a atenção para o fato de que as historiográficas da História da Matemática descrevem o movimento lógico de fatos históricos que ocorreram em diversos contextos, em determinados tempos e espaços, os quais são sistematizados, de tempos em tempos. Ao estudá-las, futuros professores e professores de matemática podem delinear alguns nexos conceituais (internos e externos) com o intuito de aprofundar os elementos teóricos que fundamentam os conteúdos matemáticos tratados na Educação Básica sem desconsiderar a lei n.º 10.639/03.</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Maria do Carmo de Sousahttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/997Uso do rastreamento ocular na formação de professores: uma revisão em geometria2024-04-18T20:59:47+00:00Marcelo Almeida Bairralmbairral@ufrrj.brRhomulo Oliveira Menezesrhomulo.menezes4542@escola.seduc.pa.gov.brMarcos Paulo Henriquemphenrique@prof.educacao.rj.gov.br<p>Este estudo captura trabalhos que usam o Rastreamento Ocular (RO) como uma das formas de produção de dados sobre a aprendizagem em geometria. A revisão ocorreu a partir do estudo de Strohmaier <em>et al. </em>(2020). Foram revisitados 22 artigos com foco na geometria, nenhum brasileiro. A síntese dos estudos analisados indica que os objetos de análise das investigações envolvem elementos visuais e habilidades espaciais; criatividade matemática; carga cognitiva de tarefas; duração e atenção de fixação em leitura de enunciados, figuras ou gráficos; desempenho e influência de erros e confiança na solução de problemas; e o direcionamento do olhar do professor, ao interagir com seus alunos no esclarecimento de suas dúvidas. Os conteúdos abordados envolvem resolução colaborativa de problemas geométricos, ensino de coordenadas cartesianas, problemas em cálculo vetorial, leitura de figuras em provas de geometria, visualização espacial em problemas matemáticos, avaliação da imaginação espacial em alunos do ensino fundamental. Há um predomínio de pesquisas com alunos, e o desdobramento da análise aqui ilustrada objetiva trazer possíveis contributos do RO para a formação docente – particularmente, sobre tarefas propostas em cenários com RO.</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Marcelo Almeida Bairral, Rhomulo Oliveira Menezes, Marcos Paulo Henriquehttps://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/1013Editorial2024-05-21T00:09:08+00:00Reginaldo Fernando Carneiroreginaldo_carneiro@yahoo.com.brFlávia dos Santos Soaresflaviadss@id.uff.br<p>Editorial</p>2024-07-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Reginaldo Fernando Carneiro, Flávia dos Santos Soares