Cadernos de Formação RBCE

EDITORIAL

Michelle Carreirão Gonçalves — 2024-12-09

Editorial.

APRESENTAÇÃO: REFORMA DO ENSINO MÉDIO E A DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ESTADOS BRASILEIROS: IMPACTOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Daniel Teixeira Maldonado — 2024-12-09

Apresentação dossiê ou número temático.

O NOVO ENSINO MÉDIO E SUAS REPERCUSSÕES PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA

Fábio Cunha de Sousa — 2024-12-09

Este ensaio tem por finalidade discutir as repercussões do NEM para a EF mediante as indicações da Lei 13.415 de 2017, em que pese a recente Lei 14.945, sancionada em 31/07/2024. Acreditamos, que entre tantos fatores que interferem na formação dos jovens, uma reforma curricular é quase condicionante de muitos outros, pois, tem relação com as intencionalidades de uma política de estado. Vemos, neste estudo, repercussões diretas no que concerne ao debate e a reflexão acerca da formação do professor e trabalho docente na EF. Posicionamo-nos na luta de todo movimento em favor de uma EF que possibilite aos estudantes uma leitura crítica da realidade e um acesso aos conhecimentos da cultura corporal, instrumentalizando-os como sujeitos transformadores numa sociedade neoliberal.

IMPLICAÇÕES DA REFORMA DO ENSINO MÉDIO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES EM DOIS ESTADOS DO NORDESTE BRASILEIRO

Rafael de Góis Tinôco — 2024-12-09

O artigo busca identificar as problemáticas que emergem na implementação do Novo Ensino Médio na visão de professores de Educação Física do Ceará e Rio Grande do Norte. A partir de narrativas de 4 professores dos dois estados citados, realiza sínteses das críticas mais recorrentes. Os resultados apontam para três problemáticas convergentes nos dois cenários, a saber: diminuição da carga-horária para desenvolvimento dos saberes próprios da Educação Física, de limitação das possibilidades de oferta de itinerários formativos e de demandas formativas para os professores. Conclui-se que as problemáticas já estavam no horizonte da literatura e na crítica ao social e à política pública, mas adensa o campo de denúncia aos desserviços do Novo Ensino Médio para a educação brasileira.

O NÃO LUGAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO DE MATO GROSSO DO SUL

Otavio Bonjiovanne Lourenço — 2024-12-09

O objetivo é analisar o impacto da Nova Lei do Ensino Médio no trabalho docente, especialmente na carga horária do componente curricular Educação Física. Trata-se de uma pesquisa de qualitativa, com coleta de dados em três etapas: revisão bibliográfica, análise documental e entrevista semiestruturada. Apesar do contexto de ampliação de horas da formação geral básica do NEM no MS, notou-se a redução de duas para uma aula semanal de Educação Física, o que gera um impacto negativo no acesso da cultura corporal. Conclui-se que o NEM reforça uma hierarquização curricular e uma formação fragmentada, focada na lógica de mercado.

O (NÃO) LUGAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO NA REDE ESTADUAL PAULISTA: ANÁLISE DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Daniel Teixeira Maldonado — 2024-12-09

O objetivo deste artigo é compreender como a Educação Física foi (des)contemplada nos componentes curriculares dos itinerários formativos produzidos pela rede estadual paulista em 2022. Foi realizada pesquisa documental, com análise do Material de Apoio ao Planejamento e Práticas de Aprofundamento. Os resultados evidenciaram que a área ocupa lugar marginalizado na parte flexível do currículo, distancia-se do entendimento mais contemporâneo de linguagens, reforça o paradigma da aptidão física e ressignifica conceitos progressistas para uma visão conservadora de Mundo. Conclui-se que a reforma do Ensino Médio produziu propostas curriculares superficiais e acríticas para a Educação Física, potencializando formação juvenil despolitizada.

O NÃO LUGAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO (NEM), A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE E A CONSTRUÇÃO DE POSSÍVEIS RESISTÊNCIAS EM UMA ESCOLA DA REDE ESTADUAL DO ESPÍRITO SANTO

Gabriela Biancardi Braga — 2024-12-09

O presente estudo visa apresentar o cenário da Educação Física escolar na rede de ensino no Espírito Santo no contexto do NEM, bem como, as alterações nas condições de trabalho dos/as docentes e possibilidades de resistência a partir de uma pesquisa desenvolvida na EEEFM Cel. Antônio Duarte, no Município de Iconha/ES. O mesmo teve caráter qualitativo e se valeu de uma pesquisa documental e das experiências docentes de uma das autoras. Os resultados demonstram que a partir da implantação do NEM os/as estudantes tiveram o acesso negado aos saberes historicamente construídos pela humanidade sobre a Cultura Corporal a partir da redução das aulas de Educação Física e os/as docentes tiveram uma piora nas suas condições de trabalho.

O NOVO ENSINO MÉDIO FLUMINENSE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA OS DOCENTES DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Antonio Fernando Ribeiro Rocha — 2024-12-09

O objetivo é compreender como a contrarreforma implementada no Novo Ensino Médio fluminense reverbera nos docentes da Educação Física. A metodologia usada foi a pesquisa documental do tipo descritivo-interpretativa. As fontes consultadas foram: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996; Base Nacional Comum Curricular; a Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017; Resoluções da SEEDUC nº 6018/2021, nº 6035/2022 e nº 6219/2023; e o Catálogo de Eletivas. Na análise documental, constatamos como as principais implicações aos docentes as reduções na carga horária do componente curricular Educação Física e o risco a sua integralização em uma única escola que, por sua vez, comprometem a formação da juventude e implicam na precarização do trabalho docente.

DILEMAS PARA A JUSTIÇA CURRICULAR NA EDUCAÇÃO FÍSICA DO NOVO ENSINO MÉDIO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

João Luís Coletto da Silva — 2024-12-09

O objetivo deste ensaio é identificar e compreender as principais implicações que a rede estadual de educação do Rio Grande do Sul projeta à Educação Física em um contexto de injustiça curricular. Fundamentado em uma metodologia qualitativa, foram realizadas análises de normativas vigentes dessa rede, com o objetivo de entender os processos de (in)justiça curricular em curso. Os resultados demonstram que a Educação Física sofreu uma perda de tempo e espaço na formação geral, a desvalorização do fenômeno da cultura corporal e a tentativa de transferir parte de sua vivência para o currículo flexível.

FICHA CATALOGRÁFICA

Michelle Carreirão Gonçalves — 2024-12-09

Ficha catalográfica.