Cadernos de Formação RBCE

FICHA CATALOGRÁFICA

Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte Carreirão Gonçalves — 2025-08-22

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Lucas Emanuel de Oliveira Silva — 2025-08-22

O objetivo desse trabalho foi evidenciar quais foram os caminhos de apoio frente aos desafios no meu primeiro ano de docência em Educação Física (EF), também com a finalidade de deixar uma escrita de amparo a novos professores. O método escolhido para essa pesquisa qualitativa foi o relato de experiência. Evidenciei como principais caminhos de apoio a formação continuada, o currículo cultural em EF e as relações com os sujeitos escolares em oposição às principais dificuldades que foram, a insegurança, a desvalorização da EF e a precarização das condições de trabalho. Considerei que os aspectos positivos se sobressaíram aos negativos durante meu primeiro ano como professor.

DIÁLOGOS ENTRE EDUCAÇÃO FÍSICA E ARTE

Fabiano Pries Devide — 2025-08-22

Este relato tem o objetivo de descrever a experiência da implantação da disciplina “Educação Física e Arte: Diálogos”, num curso de Licenciatura de uma universidade pública do Rio de Janeiro, em 2023. Compartilha práticas, atividades e reflexões sobre possibilidades de diálogo entre a Educação Física e a Arte, interpretadas enquanto linguagens. Reconhece e analisa a presença das práticas corporais em cinco manifestações da Arte (artes visuais, cinema, música, literatura e dança). As aulas ofereceram ferramentas para que futuras/os docentes proponham o ensino da Educação Física em diálogo com a Arte, numa abordagem interdisciplinar e transdisciplinar, potencializando dimensões sociais, históricas e estéticas que atravessam as práticas corporais.

OUVIR O IDOSO COMO FONTE PARA O PLANEJAMENTO DE AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Luiza Lima do Amaral — 2025-08-22

Trata-se de um relato que narra a experiência realizada nas aulas de Educação Física dos anos finais do ensino fundamental onde se “escutou” o idoso como fonte de pesquisa para o planejamento das aulas. Para alcançar esse propósito foi feita uma visita em um asilo, na cidade de Corumbá-MS, com 17 alunos do 8º ano do ensino fundamental que “escutaram” um grupo de idosos sobre sua infância e brincadeiras que realizavam. A partir da fala dos idosos foram elencados os jogos de que eles mais gostavam, os quais foram usados em planejamento das aulas de Educação Física. A partir das aulas foi possível realizar um resgate de jogos e brincadeiras tradicionais e valorizar a pessoa mais velha.

PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

FERNANDA GABRIELA DE REZENDE CASAGRANDE — 2025-08-22

Acreditamos que as pedagogias críticas, como a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC), são potenciais para a formação integral dos sujeitos. Sendo assim, o presente estudo objetiva apresentar uma proposta didática, embasada na PHC, com a temática Práticas Corporais de Aventura (PCA), em que se foi possível debater as desigualdades socioeconômicas. O estudo trata se de uma pesquisa intervenção, que foi realizado em uma escola estadual da cidade de Poços de Caldas/MG, em uma turma da terceira série do Ensino Médio. Percebemos a PHC nas aulas de Educação Física como uma abordagem potencial para debater questões socioeconômicas, sendo, para isso, necessário embasamento em seus fundamentos e um fazer pedagógico comprometimento com uma sociedade menos desigual.

SAÚDE NO ENSINO MÉDIO

Renan Santos Furtado — 2025-08-22

Trata-se de um relato de experiência que teve como objetivo refletir sobre o trato com o conteúdo saúde nas aulas de Educação Física no Ensino Médio a partir de uma prática de avaliação realizada por meio de testes de capacidades físicas. O estudo foi realizado com estudantes do 1° ano do Ensino Médio, que após duas aulas sobre a temática saúde, realizaram uma atividade avaliativa que visou ressignificar o sentido dos testes de capacidades físicas na Educação Física escolar. Desse modo, por via dos testes, intencionamos fazer com que os estudantes refletissem sobre os impactos dos movimentos vivenciados para o nosso corpo, bem como, a respeito do desenvolvimento de capacidades físicas por intermédio de outros exercícios e, de que modo, elas são utilizadas em seu dia a dia dentro e fora de sala de aula, assim como cuidados com aspectos nutricionais, psicológicos e sociais.

YOGA E ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Aline Aparecida Savieto — 2025-08-22

O objetivo deste estudo é analisar as práticas de Yoga ministradas por professores de Educação Física, buscando identificar os possíveis desafios para o desenvolvimento dessas na perspectiva de uma prática pautada na integralidade. Trata-se de pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, com participação de 15 educadores que atuam com Yoga em uma instituição paulista. Os dados foram coletados via entrevista semiestruturada e analisados por meio de análise de conteúdo. Os principais desafios identificados na prática profissional foram: a compreensão das concepções de Yoga; o entendimento desta na perspectiva das Práticas Corporais pautadas na integralidade em relação à Educação Física.

DESAFIOS DE BRINCAR E CONVIVER

Gisele Carreirão Gonçalves — 2025-08-22

O presente texto problematiza desafios impostos para a educação na perspectiva inclusiva. Para isso utiliza-se de observações em aulas de Educação Física ocorridas em uma creche municipal, ofertadas a crianças com idade entre um ano e três meses e dois anos, entre elas uma menina e um menino cegos. Algumas crianças videntes se aproximam da dupla esboçando sentimento de piedade, mas também atentas aos cuidados com elas. Por outro lado, os pequenos cegos estão expostos a curiosidades que ignoram seus desejos e lhes encaram como se bonecos fossem. São essas crianças capazes de mostrar como nossos preconceitos são engendrados desde a mais tenra idade e como modulam discursos e as próprias práticas de convivência.

COMO ENSINAR LUTAS PARA MENINAS?

Fabiana Turelli — 2025-08-22

Este texto é fruto de reflexões contínuas, intensas e viscerais sobre a prática de artes marciais e esportes de combate. Tenho me dedicado a estudar gênero em artes marciais, especialmente no karatê, observando sua dinâmica no contexto internacional, incluindo países do Norte e Sul global, tanto no alto rendimento como no meio amador. Advogo pelo potencial das lutas para empoderar as pessoas de modo holístico; entretanto, o ambiente das lutas é muitas vezes hostil e requer transformações para levar ao empoderamento. Neste artigo, apresento algumas reflexões, apoiadas na experiência pessoal e nas investigações levadas a cabo ao longo dos anos, sobre estigmas colocados sobre e para meninas que tomam contato com lutas. Meu objetivo aqui é refletir sobre possibilidades de enfoque para as lutas que as removam de lugares estigmatizados e estigmatizantes, oferecendo perspectivas não-convencionais para construir experiências marciais inclusivas para meninas.

EDITORIAL

Alexandre Fernandez Vaz — 2025-08-22